A literatura de cordel é uma forma tradicional de literatura popular no Brasil, que se caracteriza por pequenos livretos, comumente impressos em papel de baixa qualidade e vendidos a preços acessíveis. Esses livretos, também chamados de folhetos ou cordéis, contêm narrativas rimadas e geralmente ilustradas, que tratam de temas diversos, como amor, aventura, religião e crítica social. A origem do nome cordel vem do fato de que esses livretos eram pendurados em cordas ou barbantes nas feiras livres do Nordeste brasileiro, onde eram vendidos pelos próprios autores ou por violeiros, que os apresentavam em forma de cantoria. A literatura de cordel surge no Brasil no século XIX, como uma forma de transmitir histórias e informações importantes para a população, principalmente a que vivia em áreas rurais e com pouco acesso à educação. Com o passar dos anos, a literatura de cordel se desenvolveu e se tornou uma forma de arte popular, que é valorizada até os dias de hoje. Os cordéis são escritos em versos, geralmente com sete sílabas poéticas, seguindo uma rima específica. Os temas variam desde lendas e contos populares até assuntos políticos e sociais, refletindo as preocupações e os interesses de diferentes épocas e regiões do país. A literatura de cordel é um repertório rico e diverso da cultura popular brasileira, que merece ser conhecido e valorizado.